domingo, 16 de junho de 2013
domingo, 9 de junho de 2013
quarta-feira, 29 de maio de 2013
segunda-feira, 20 de maio de 2013
sábado, 18 de maio de 2013
domingo, 5 de maio de 2013
sábado, 4 de maio de 2013
sexta-feira, 3 de maio de 2013
HERÓIS - OS MINEIROS NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
GUTO AERAPHE
dirige uma séria magnífica sobre a participação de soldados mineiros na
Segunda Guerra Mundial. O Diretor, formado em Comunicação
Social com Pós Graduação em Criação e Produção em Mídia Eletrônica pelo
UNI-BH, tem 15 anos de experiência em audiovisual e nesse
período já dirigiu e editou dezenas de comerciais para TV, realizou
programas para tvs educativas e comerciais, produziu 3 documentários e 4
curtametragens. Foi Professor de Rádio e TV, de Fotografia e Video e de
cinema. Conheça mais sobre seu trabalho no site oficial: http://www.gutoaeraphe.com.br/
domingo, 21 de abril de 2013
Os "Soldados de Cristo" no poder - PARTE 2
Os "Soldados de Cristo" no poder - PARTE 2
Os Jesuítas no Brasil – Evangelização e Educação a
serviço da fé
Pe. Manoel de Nóbrega |
Entretanto,
a utilização de missionários dentro do universo indígena se mostrou repleta de
perigos, e a solução encontrada foi a criação dos primeiros aldeamentos
controlados pelos padres: as missões.
A
doutrinação foi iniciada de forma ampla, inclusive junto às crianças. A ”criação“
de novos cristãos se mostrou útil no futuro, por exemplo, na guerra contra os
franceses, durante a ocupação da Guanabara.
A
capacidade de adaptação às realidades locais demonstrada em Os
Soldados de Cristo no poder (parte 1) também foi utilizada com eficiência
no Brasil. José de Anchieta escreveu, em 1556, uma Gramática que se tornou
referência para todos os futuros missionários. Contrariando o paradigma estabelecido
pelos europeus sobre a ausência de Deus, lei, Rei, pátria e razão, os Jesuítas
identificam a humanidade dos nativos para atingir sua sensibilidade e
integrá-los à fé cristã.
As estratégias
utilizadas eram baseadas em três princípios: os indígenas eram capazes de
aceitar os sacramentos; eram livres e puros por natureza; existiam na forma de
um “papel branco” no qual seria escrita a palavra de Deus. Baseados nesses princípios,
esforçaram-se para, já no início, mudar dois costumes vistos como incompatíveis
com a fé católica: poligamia e antropofagia. Os padres usavam a música, a
dança, autos religiosos e procissões para atingir suas finalidades.
As
missões tornaram-se, portanto, a consubstanciação do projeto apostólico jesuíta.
Nesses espaços, uma agricultura organizada e a produção de artesanato
coexistiam com momentos de lazer e oração. Era uma experiência, polêmicas à
parte, de expansão religiosa e civilizacional. A estrutura foi aceita pelo
Estado, levando à criação, no ano de 1686, do Regimento das Missões, que dava
aos Jesuítas a jurisdição espiritual e o controle da administração temporal.
Estava criado o cenário para as animosidades com os colonos, ávidos pelo emprego da mão-de-obra indígena.
Na educação, os inacianos não
foram menos atuantes. A alfabetização dos nativos era acompanhada pelo ensino
dos filhos dos colonos. No final do século XVIII já eram dezenove escolas. As
disciplinas predominantes eram o Latim, a Filosofia e Teologia, visando à
formação de novos missionários. Entretanto a preparação de novos padres não era
a única função das escolas, pois a demonstração vocacional de determinados
alunos era premiada com indicações para a Universidade de Évora (mantida pela
Companhia) ou Coimbra, onde os Jesuítas possuíam relevante influência.
Os colégios tornaram-se os
principais centros culturais do Brasil. Os membros mais bem qualificados do
clero passaram, possivelmente, pelas aulas de Teologia Moral ministradas pela
Companhia de Jesus.
Missões e expansão territorial (Nordeste e
Norte)
Além de sua atuação no Rio de
Janeiro e São Paulo, os Jesuítas foram fundamentais em missões no nordeste,
norte e sul do Brasil, contribuindo decisivamente para o processo de expansão
do território.
A partir das chamadas missões
volantes no Rio de Janeiro e Bahia, o padre Manoel de Nóbrega organizava o
sistema. A abrangência do modelo mostra a capacidade organizacional dos Jesuítas,
pois os aldeamentos ocupavam uma faixa de território compreendida entre
Pernambuco e São Vicente. As sedes eram responsáveis pela catequese dos
indígenas e estabelecimento de missões, colégios, Igrejas e seminários.
Como era de se esperar, a
Companhia não conhece limites. Restava agora a expansão até o Maranhão e o
interior. Desta forma, os Jesuítas integraram-se ao próprio processo de interiorização
colonial.
No ano de 1575 chegam ao Rio
São Francisco e ocupam Sergipe e Alagoas. São expulsos da Paraíba por colonos
no final do século XVI, mas, disciplinados e persistentes, retornam no final do
século XVII e fundam, em 1683, o Colégio da Paraíba (atual Faculdade de
Direito). Após a ocupação de Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte e Maranhão,
seguem a mais nova tendência do processo colonizatório: a interiorização rumo à
Amazônia.
Portugal ainda fazia parte da
União Ibérica quando Felipe III, em 1618, criou o Estado do Maranhão que
compreendia Maranhão, Pará, Amazonas, Amapá e Piauí. Liderados por Luís
Figueira, a partir de 1607, expandiram suas ações até o Pará, nas regiões de
Tocantins e Baixo Xingu. Fundaram, na metade do século XVII,
Conventos e colégios em São Luís e Belém.
Pe. Antônio Vieira |
Prof. Luiz Otávio Marques
Na próxima postagem, PARTE 3 – Os Jesuítas no sul, conflitos com os
colonos, relações com a Metrópole e polêmicas acerca da ordem.
sábado, 6 de abril de 2013
Os "Soldados de Cristo" no poder - PARTE 1
"Jesus nos ensina de outra forma: saiam. Saiam e compartilhem seu testemunho, saiam e interajam com seus irmãos,
saiam e peçam: tornem-se o mundo em corpo assim como em espírito".
BRASÃO - CIA DE JESUS |
Quando
Inácio de Loyola criou a Companhia de Jesus, com certeza não poderia imaginar o
papel fundamental que a mesma exerceria na propagação da fé católica pelo
mundo. Afinal de contas, quem são os Jesuítas? Qual foi o contexto para a sua
criação? Quais foram as polêmicas que envolveram suas relações com o Vaticano?
Letrados,
inovadores e disciplinados, deram à educação um novo status e tornaram-se
intimamente ligados aos processos de formação de professores, intelectuais e
missionários, particularmente na Europa e América Latina.
Origens
INÁCIO DE LOYOLA |
A Europa nas primeiras décadas do século
XVI é palco de mudanças em diversos níveis. A formação dos Estados Nacionais
coexistia com a Expansão Marítima, e o Renascimento Cultural afirmava as
transformações da mentalidade europeia
Neste ambiente, Lutero iniciou um
processo que implicaria na maior ruptura enfrentada pela Cristandade: a Reforma
Protestante. As ideias do monge alemão se expandiram com relativa rapidez pela
Europa e foram acompanhadas pelas reformas de Calvino na França e Henrique VIII
na Inglaterra. As alterações do mapa religioso europeu criaram uma necessidade
de reação por parte de Roma, concretizada a partir do Concílio de Trento
(1545-1563). Mais que uma mera formalidade, estava em jogo a sobrevivência da
fé católica.
A Companhia de Jesus foi criada em 1534
por estudantes da Universidade de Paris e oficializada no ano de 1540 pelo Papa
Paulo III. Liderados por Inácio de Loyola e Francisco Xavier, o grupo possuía
forte espírito cruzadístico e se reportava diretamente ao Pontífice. Seus
objetivos eram a expansão do catolicismo, inclusive para a Terra Santa, onde
buscariam a conversão daqueles considerados infiéis. Entretanto, sua capacidade
de organização e intelectualidade ampliaram horizontes, tornando-os
responsáveis por um processo de globalização religiosa sem precedentes.
Rumo
ao Oriente
FRANCISCO XAVIER |
Sob
o comando de Francisco Xavier, criaram a missão no Japão e iniciaram o projeto
para a difusão do catolicismo para a China. O padre não viveu o suficiente para
ver realizada a catequização entre os chineses, mas sua memória permanece sendo
extremamente respeitada no oriente. Suas ações foram um marcador de águas para
a mudança na concepção sobre a expansão da fé católica. A crença na adesão
espontânea dos povos visitados foi substituída pela metodologia sistemática,
pela disciplina e pela capacidade de adaptação a diversas realidades. Francisco
Xavier confirmou a tese quando se apresentou em ricos trajes aos senhores
japoneses, pois sabia que aquela cultura não apreciava a pobreza entre
lideranças religiosas. Até mesmo o evangelho foi adaptado de acordo com
elementos locais, como na passagem em que Cristo transforma a água... em saquê.
A arquitetura seguia o estilo dos
templos budistas e as roupas copiavam o padrão dos monges. Mesmo quando
enfrentavam algum obstáculo em áreas de religião mais consolidada, como no
Tibete, usavam o recurso da cultura e ciência para tentar, de forma sutil,
propagar mensagens do evangelho.
É importante ressaltar que as
correspondências jesuíticas não são apenas referências à ordem. Muitas delas
caracterizam os primeiros relatos sobre regiões antes desconhecidas pelos
europeus. Desta forma, a produção cultural da Companhia de Jesus pode ser
analisada pelo âmbito da Geografia, das Relações Internacionais e da História.
Seus documentos são, inclusive, utilizados nos países visitados como fontes de
pesquisa.
Mas nem tudo correu da forma planejada.
O crescimento de sua influência criou forte oposição em algumas regiões e os
jesuítas tornaram-se alvo de autoridades locais. As constantes perseguições
ocasionaram significativa redução na quantidade de católicos no oriente, o que
não reduz a importância da ordem como elo fundamental nas relações entre
ocidente e oriente.
Prof.
Luiz Otávio Marques
Referências Bibliográficas
História do Brasil - Bóris Fausto
Dicionário de Brasil Colônia - Raimundo Faoro
Os Jesuítas no Brasil Colonial - a Vida no Tempo da Colônia - Paulo de Assunção
Na próxima postagem, PARTE 2 – Os Jesuítas no Brasil.
quinta-feira, 4 de abril de 2013
domingo, 31 de março de 2013
sábado, 30 de março de 2013
sexta-feira, 29 de março de 2013
Para fazer História
O blog UMA QUESTÃO DE HISTÓRIA será um veículo para a divulgação de informações referentes às minhas atividades em sala de aula e cursos. Entre as publicações mais recorrentes estarão:
- Textos próprios e outros, publicados por terceiros;
- Gabaritos de atividades realizadas em sala,
- Links para cursos e leituras de interesse acadêmico
- Vídeos didáticos
- Listas de exercícios
- Bibliografias
Espero que o Blog seja um instrumento útil para os desafios que nos aguardam. Sejam bem vindos.
Prof. Luiz Otávio Marques
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